Crónica da VIII Jornada

VIIIjornada

A cidade da Corunha, vestida de vento enfurecido, acolheu no passado sábado a VIII jornada da Liga Gallaecia, sendo esta a primeira vez em que a competiçom regular visitava a cidade de Breogám. Atendendo a um novo aviso do calendário desportivo, num espaço de beleza inigualável: os campos da Torre de Hércules que som banhados polo oceano Atlântico e sob a olhada curiosa do farol romano em funcionamento mais antigo do mundo, concentrárom-se as jogadoras de Suévia, Torques, Ambílokwoi e às da anfitriá Cascarilha Futebol Gaélico.

As 17h00, um sol renidente enchia o campo de luz enquanto o vento -que atingiu rajadas de vento de até 70 quilómetros/hora- terminaria por condicionar os jogos disputados.

Diante da antiga prisom e a poucos metros do campo da rata, triste cenário em que fôrom assassinadas mais de 200 pessoas pela barbárie fascista entre os anos 1936 e 1939, a Suévia de Compostela e os Torques de Lugo seriam os primeiros combinados a medirem forças.

Seria este um encontro desportivo nom apto para os coraçons mais delicados devido a que ambas equipas disputavam o primeiro posto.

Com pontualidade máxima, o árbitro lançava a bola para o ar e começava o jogo. Com vento a favor, a Suévia seria a principal dominadora do primeiro tempo disputado, porém, o relógio advertia da necessidade de descanso e, após o troco de lado entre as equipas, os Torques iriam aos poucos remontando um jogo que, finalmente, viraria para o lado da equipa de Compostela.

Assim, no último minuto a Suévia materializava um golo que deixava o marcador final: Suévia 1-12(15) – 3-5(14) Torques. Emoçom até o último minuto numa liça marcada pola camaradagem dos dous conjuntos.

Terminado o primeiro encontro, e com o sol convidando à chuva a se deixar cair pelo relvado, era tempo de enfrentar no campo às equipas da Corunha, que jogava em casa acompanhada de um público entregado que animou às jogadoras com cânticos durante todo o encontro, e de Vigo.

Se o primeiro jogo poderia ter sido qualificado de altamente técnico, este choque tivo um cariz mais físico, com maior contacto entre as jogadoras.

Novamente a bola era posta em andamento e a equipa da Corunha, com vento a favor, chegava em várias ocasions até a baliza defendida polo guarda-redes viguês encontrando nele um muro impenetrável que só permitiria a entrada de dous tantos durante os primeiros trinta minutos. Do outro lado, as jogadoras da Ambílokwoi conseguiam materializar 10 tantos. Um resultado que talvez negue o equilíbrio que durante o primeiro tempo tivo o encontro.

Já na segunda parte, e com o vento empurrando à equipa da ria de Vigo –que poderá lembrar o carinho da torcida corunhesa, aplaudindo e reconhecendo os esforços da equipa rival em cada jogada- chegaria uma chuva de golos na baliza defendida pola equipa local que terminaria por romper o encontro.

O guarda-redes viguês, talvez o jogador mais destacado do encontro, após ter brilhado no primeiro tempo pelo jogo com as maos, destacaria no segundo período como excelente tirador de faltas, saques de banda etc, sendo um dos principais responsáveis do avultado resultado final, que terminaria Cascarilha 2-3 (6), 10-11 (41) Ambílokwoi.

No fim do jogo, com a tradicional camaradagem que vem caracterizando cada umha das jornadas desta competiçom, as jogadoras das quatro equipas juntárom-se em efusivos abraços para, a seguir, continuarem a festa no Centro Social Gomes Gaioso -lotado até os topes- que recompensou o esforço das quatro equipas com música, bebida e uma ingente variedade de petiscos, também com opçons para vegan@s.

Com apenas duas jornadas por diante, fica nas maos da Suévia poder conseguir o campeonato na próxima jornada, porém, as equipas de Vigo e Lugo, também candidatas, nom baixam os braços esperando um tropeço no caminho por parte da equipa líder.

 Após a jornada disputada na Corunha, a Liga Gallaecia fica assim:

1º – Suévia – 11 pontos

2º – Ambílokwoi – 9 pontos

3º – Torques – 8 pontos

4º – Afiadoras – 4 pontos

5º – Cascarilha – 0 pontos

Crónica do Diário Liberdade